Dor.
Melhor que senti-la, é provoca-la.
Noticias de além-mar chegam aos olhos torcidos através de uma janela aberta com status ausente.
Assim.
Duro e sem mais delongas.
Nada de amaciar antes; nao teria como chacotear depois.
A deixa sem ter onde pisar, rouba-lhe o chao.
Anuncia-se de subito.
Ela recebe as breves palavras como um tapa seco na face
momentaneamente desprotegida.
E desta vez, o tapa nao a agrada.
Sente-se tola.
Mais do que em qualquer outro instante.
Ruboriza.
De raiva.
Por ter se deixado levar por algo nunca tocado ou sentido de fato.
Tansa!, deixou-se dominar por chulas calhordagens disfarçadas de requinte..
.
Quer gritar,
Embora tudo leva a crer que nao vale a pena despertar os vizinhos com seus berros futeis oriundos de um caso frouxo.
Ja é madrugada.
E a madrugada a espera como um prefacio de um livro sem fim.
Cigarros acesos e apagados simultaneamente.
Goles generosos de cha.
Sem alcool por hoje.
Ja basta a embriaguez da nudez em que esta vestida.
No fundo ja sabia que nao passaria daquelas despretensiosas bobagens, claro.
Era apenas um apego barato pra embustear a solidao.
Pega-se sorrindo.
Ela deseja o ilimitavel.
Ela quer o flexivel.
Uma ultima homenagem ao malandro?
Esta' certa de que nao a fara'.
O consolo para o nada que estava disfarçado de
rubra cor,
Sera' um cartao-postal que mesmo tendo sido enviado
Nunca chegara'.
Muito bom, adorei o blog, irei acompanhar as atualizações sempre que possível, parabéns.
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