quinta-feira, 21 de outubro de 2010

D e s c a r r e g o




Dor.
Melhor que senti-la, é provoca-la.

Noticias de além-mar chegam aos olhos torcidos através de uma janela aberta com status ausente.
Assim. 
Duro e sem mais delongas.
Nada de amaciar antes; nao teria como chacotear depois.
A deixa sem ter onde pisar, rouba-lhe o chao.
 Anuncia-se de subito. 
   
   Ela recebe as breves palavras como um tapa seco na face       
momentaneamente desprotegida.

   

     E desta vez, o tapa nao a agrada.

Sente-se tola.
Mais do que em qualquer outro instante.

Ruboriza.
De raiva.
Por ter se deixado levar por algo nunca tocado ou sentido de fato.

Tansa!, deixou-se dominar por chulas calhordagens disfarçadas de requinte..
.



Quer gritar, 
Embora tudo leva a crer que nao vale a pena despertar os vizinhos com seus berros futeis oriundos de um caso frouxo.
Ja é madrugada. 
E a madrugada a espera como um prefacio de um livro sem fim.

Cigarros acesos e apagados simultaneamente.
Goles generosos de cha.
Sem alcool por hoje.
Ja basta a embriaguez da nudez em que esta vestida.

No fundo ja sabia que nao passaria daquelas despretensiosas bobagens, claro.
Era apenas um apego barato pra embustear a solidao.

Pega-se sorrindo.


Lembra-se que Áries nao a complementa.
Ela deseja o ilimitavel.
Ela quer o flexivel.



Uma ultima homenagem ao malandro?
Esta' certa de que nao a fara'.


O consolo para o nada que estava disfarçado de
rubra cor,
Sera' um cartao-postal que mesmo tendo sido enviado
Nunca chegara'.















Um comentário:

  1. Muito bom, adorei o blog, irei acompanhar as atualizações sempre que possível, parabéns.

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